sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Listagem desnecessária mas em forma de prenda de aniversário:


(Para ler de seguida e a ignorar pontuação)

Coisas em comum!
Criticamos;
Há muitas diferenças entre nós...
Somos autênticos.
Protegemos o ambiente;
Somos verdadeiros!
Não mentimos.
Bebemos quando nos apetece.
Fumamos porque queremos.
Dizemos que não quando queremos,
Dizemos que sim quando nos apetece.
Queremos acampar juntos
Gostamos de água...
Somos amigos.
Vivemos em Inglaterra, em décadas diferentes mas vivemos.
Ouvimos the Cure, em décadas diferentes mas ouvimos!
Discutimos quando tem que ser.
Gostamos de fazer o amor um com o outro.
Praticamos a exigência.
Não estamos um com o outro porque precisamos um do outro.
Estamos um com o outro porque queremos estar um com o outro.
Queremos estar sozinhos.
Gostamos um do outro.
...
Temos muitas qualidades
...
Temos muitos defeitos.

Parabéns* Gosto de ti!

quarta-feira, 18 de março de 2015

Youth - Daughter


On a mission: wake up.



A última vez que te beijei tinhas um sabor a halls mel e limão. Recordei esse sabor durante um tempo. O tempo em que durou a minha embalagem. Ontem comi o último. Perdi o teu sabor.
A última vez que te olhei tinhas um sorriso fraco e lateral. Procurei e procurei o teu sorriso, o outro o costumeiro, o meu e nada! Durou até ter-te desligado a imagem. Um dia vou esquecer esse sorriso fraco e lateral e guardar o único e verdadeiro. O meu. Aquele que me deste quando me deixaste e muita força desejaste.
Ouvi-te o coração de forma forte e decidida quando a ele pela última vez me encostei.
Vi o brilho desses olhos quando me olhaste de forma profunda e honesta pela última vez. Já foste assim, bonito, forte e honesto. Contigo. Comigo.
Houve sempre uma última vez connosco. Sempre foi essa a nossa realidade; uma última vez, a última vez, nunca para a frente ou tudo para um frente muito mais à frente do que aquele que nos é permitido sonhar.
Vai haver um outro alguém com um outro sabor e com um outro olhar.
Vai haver um outro alguém com um bater de coração diferente e com uma honestidade que me dê vontade de sonhar com um mais à frente. Um que envolva o pequeno almoço de amanhã. Não o nosso que esse seria muito mais à frente. Num tempo em que a fome já me teria consumido.
Entrei numa missão: desistir de ti e de nós. Deixar de acreditar que iria haver algum nós em algum dia. Perdi-te num sonho que foi sonhado só por mim. Acordei.


 
 

sexta-feira, 6 de março de 2015

J de ... amiga?

Caríssima, chegaste com sorrisos, energias e forças para distribuir com quem contigo se quisesse levantar. Apareceste com as tuas fragilidades bem escondidas mas mostra-las sem pudores e sempre que precisas. Tens o teu lado exigente e menos simpático e eufemisticamente apelidadando-o de mau feitio, também é ele quem te caracteriza e descreve.
Apresentaste-te cheia de vontade de dar a conhecer e entraste pela minha vida adentro sem sequer uma porta haver para à campainha tocar. Eu sou assim. ..Ao contrário. Construo a casa, acabo com o telhado e verifico se as janelas ficam fechadas. Termino com a porta e olha que não costumo deixar lá a chave.
Escancaraste a porta e ainda bem. Tem sido bom ter-te por perto. Lembras-me a vontade que já tive e que agora (ainda) trago em mim mas arrefecida por isto que nos acontece desde que nascemos...crescer. Para além de arrefecermos, quando creemos também aprendemos a gostar dos outros com os seus defeitos incluídos.
J de conhecida que se faz amiga a cada dia que se passa. J de voluntariosa e J de perfeccionista...para finalizar...J de recado que te quero deixar. Vem do coração mas cheio razão. Antes de amigas somos pessoas e (por incrível que pareça) nem todas as pessoas são assim...perfeitas! Trata da pessoa e a amizade virá...naturalmente. Não te esqueças de ti e não te martirizes. Se a amizade parar de crescer, murchar ou mesmo morrer...será porque não fixou raízes e nós, as pessoas que trabalham para as coisas correrem o melhor possível, é porque é aí que reconhecemos a perfeição. Assim cara J, podemos não ficar "amigas forever" nem sermos Bff mas o respeito que tens por ti e que ganhaste já é de mim para ti e esse dura e dura e dura e dura....para um sempre!

quarta-feira, 4 de março de 2015

És parte do meu céu ou meu caminho?

Não percebo como as pessoas não se encontram nas conversas.
Sabes como gosto do café? Deixas-me a falar sozinha porque preferes o jornal em silêncio pela manhã? Sabes que só bebo do vinho, do tinto?
Como tratas a pasta de dentes quando está a chegar ao fim? És dos que a espremem a bisnaga até ao fim ou dos que à primeira falta de produto recorrem à outra? À nova? (sem imagens irónicas relacionadas com crises de meia idade!)
Já sei dos teus pequenos almoços estranhos...esses que eu insisto em dizer que um dia prepararás para mim. Dos locais pelos quais gostas de passear e meditar. De como acordas e me acordas!
Sei que sabores preferes no prato e como gostaste de provar o meu sabor.
Sei das tuas preocupações, dos teu espaços e passos necessariamente a sós. Porque te sei assim? Porque também assim sou.
Sabes como adormeço e como é a minha respiração...sabes olhar-me e ver-me. Reconheces-me nos detalhes que a outros passam despercebidos. Sabes-me metade de um cacto e resistente, único. Sei-te a outra metade. Único. Sei-te de odor mas não de cor. Sei qual o teu sonho favorito e como gostas de o sonhar. Anda...aterra perto de mim para depois comigo poderes voar!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Sem dúvida (ponto).


Bebo-te! Gota a gota. Riacho pequeno que poderia facilmente evaporar-se mas deixa esta nódoa de molhado em mim. Nódoa que nunca seca.
Há muito de sádico nisto que nos deixa sedentos um pelo outro. Deixamos a torneira à vista. Suficientemente à vista ou à vista apenas o suficiente?
Não te saboreio porque nem com isso quero perder tempo. Quero beber-te.
Matar esta sede que já dura há tempo que goteja...em mim.
Gosto de como te agarrei. Gosto de ir pensando em como será que te vou agarrar de uma próxima vez que nunca mais chega e me seca por dentro. (será?)  
Tens sede de mais?

Reflicto

Conheces-me bem. Tão bem como no início. Fui crescendo e aprendendo com a tua ausência mas mesmo assim conheces-me. Não me perdeste o fio à meada e no fim de contas é nisso que me impressionas. reconheces-me no que faço e tens consciência. Dos meus sucessos e dos meus fracassos. É da minha humanidade que também gostas e das minhas imperfeições que me individualizam entre os/as demais. Encastas-me com esse amaciar de ego que não me inibe de partilhar momentos menos bons. Contigo não me importo de ser eu. Apenas o que conheces.
Sei que isso não (te ) basta...reflicto.  
 

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Agulhas e linhas

Desenhámos linhas em várias direcções.
Depois de tudo consumido, foi o que o dinheiro, a vontade e o acaso permitiu. Nessa extracção saiu-me a tua sorte no destino. Agora todas as minhas linhas têm-te como terminal.

Momentos


Adormeço num pestanejar no qual sonho...
Eram duas solidões encontradas, eram dois egos que se alimentavam.
Era, por isso mesmo, uma questão de tempo até que um se entregasse em demasia ao outro.
Daí ter-me apaixonado irremediavelmente.
Desse ponto à solidão a sós...foi um despertar.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Ai que calor...

Nunca sei por onde andas mas sei sempre quando estás por perto.
Activa-se-me a circulação sanguínea, arrepio-me de calor, daqueles arrepios que trazem um suor frio a tira colo. Escolhe, queres ser a gota de suor que me escorre costas abaixo ou o arrepio de calor?
Nunca sei quando apareces com piscas piscas nos olhos,vontades por satisfazer nas mãos e murmúrios disfarçados de gemidos entre dentes e beijos a altas horas da madrugada.
Cruzamo-nos do lado errado do mundo ou do certo da noite, do canto do olho topaste-me enquanto te ignorei os movimentos e daí alí a um canto escuro foi um passo.
Encontramo-nos anos depois em lençóis de águas salgada e foi o calor que te trouxe a mim, outra vez! Dalí às quenturas d areias foi um mergulho.
Sei-te de volta e assim como o calor não vieste para ficar, ainda! Já sinto o estremecer, a urgência em despir-me para ao arrefecer-me poder esperar-te.
Até já.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Enganada

Fui enganada, mais uma vez. Fui. Enganada.
Podia alegar que foi pelo fado, vida madrasta que insiste em emburralhar-me.Tira-me os contactos com a fada madrinha e impossibilita-me a ascensão a cinderela.
Podia justificar com a crise económica+crise emocional= conjuntura depressiva que nos obriga a um apego desnecessário e imediato a quaisquer boas intenções, mesmo as provenientes daquele sítio que as tem cheio!
Poderia incluir os olhos magoados mas lindos e com aquelas intenções todas ali tão bem escritas; as mãos que sabiam exactamente o seu lugar neste corpo que rápido rápido a elas se entregou; a boca cheia de coisas belas e eu carente a querer acreditar nelas todas.
Fui ludibriada por mim. Falseei-me com todas as letras e plavras que consegui reunir no diccionário mental que me resta. Projectei tanto neste espelho que já só vazio reflecte que agora, com luz e imagem de fundo me apercebo que só cá estou eu, perdida entre o alfabeto que vesti para me enfeitar para ti!
Enganada e nua, sem linha e nem agulha, terei que me reinventar e aprender a ser outra vez, sem o resto todo...apenas eu!

terça-feira, 15 de abril de 2014

Pensei que...

Pensei que sim mas afinal não.
Eras assim como uma coisa boa que vinha na minha direcção e eu fiquei desconfiada. Dizem que quando a esmola é grande o santo desconfia e eu de santa até tenho pouca coisa mas mesmo assim fiquei de pé atrás. Com o pé direito ligeiramente para trás e com o peso do corpo todo no pé esquerdo e deve ter sido por isso que da primeira vez que me abraçaste eu me senti em desequilíbrio...a pender para o lado do coração.
Não tinha reparado em ti, há dez anos que te via e que não reparava em ti. Devia ter sido o suficiente para perceber que assim como esperava teres-me aberto os olhos...serias tu a cerrá-los outra vez! Desta vez, digo eu, para sempre.
Não te chegaste para me elucidar...chegaste para me tapar as vistas e foi assim, entre dedos que te fui entre vendo ... sempre meio desfocado, sempre entre planos, uns tão bons e outros tão afastados e desoladores!
Pensei...sempre o mesmo erro, sempre este pensar demais que me leva a nenhures! Pensei...por ti e por mim e dei-me mal pelos dois! 

Palavra louca

Dou por mim a escrever-ta e a pronunciá-la vezes sem conta e sem razão alguma.
Desculpa por ter reparado em ti, por me ter atrevido a sentir, pelas falhas deste destino não previsto.
É por cada vez que a escrevo ou pronuncio uma chicotada psicológica que me inflijo. Porque te ouço a zombar-me o melodramatismo, porque te sinto em fuga pelos dois, porque quanto mais te busco mais me foges. 
Por todas as vezes que já a disse e por todas as outras em que nunca a senti...Deixo-te com mais uma desculpa para justificar o injustificável!